Um domingo comum,
Era um dia normal,
E no chão restava um,
Em posição fetal!
Num pedaço de pano,
Um menino encoberto,
Como dorme todo ano,
Sempre a céu aberto!
Seguindo seus caminhos,
Pessoas passam por ele,
Como pássaros em ninhos,
Ninguém repara naquele!
No calçadão da praia,
O menino ali dormia,
Era mais uma vaia,
De tudo que corria...
E, em sonhos se perdia,
Dormindo assim simplesmente,
Nas lembranças, na alegria,
De uma imagem inconsciente!
E recostado no abrigo,
Era mais um cachorro,
Esperando seu amigo,
Que descia lá do morro!
E dorme o sonho dos justos,
O menino agora perdido,
No céu correto dos bustos,
Em mais um dia sofrido!
Sem escola, sem família,
Menino órfão, de rua,
Sozinho nesta ilha,
E os olhos fechando a lua!
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