PARA OS AMANTES DA POESIA











"O poeta é um fingidor,

Finge tão completamente,

que chega a fingir que é dor,

a dor que deveras sente."


Fernando Pessoa


domingo, 2 de janeiro de 2011

Quando estou séria, é quando mais não queria estar;
Quando estou triste, é quando mais queria vibrar;
Quando estou alegre, é quando mais me empresto;
Quando estou com raiva, é quando mais detesto!

Quando olho o mar, a perfeição me vem;
Quando olho o céu, é Deus, amém.
Quando olho o sol, é energia pura;
Quando olho a lua, é magia tua!

Quando sinto certos cheiros, busco a infância;
Quando sinto certos gostos, me dão ânsia;
Quando sinto o teu sabor, me invade a lascívia;
Quando sinto o teu ardor, quero carícia!

Quando penso no que escrever, sai tudo feio;
Quando penso o que pensar, vem tudo pelo meio;
Quando não quero pensar, sentir é o melhor caminho;
Quando não quero sentir, a palavra vem de mansinho...

Pra disfarçar sempre quando...

Contigo

Contigo aprendi

Que o tempo é relativo,

Que um dia é uma eternidade,

E, que uma eternidade, é o tempo que nos separa.



Contigo aprendi

Que a sensação do novo é incrível,

Que há sempre uma emoção.

E, que essa emoção é um êxtase de dois corpos!



Contigo aprendi

Que o amor é livre,

Que a liberdade é confiança,

E, que a confiança é o elo que me inspira.



Contigo aprendi

A ver dois inteiros

Que é o homem único,

Que o único em você me fascina

E, que o fascínio é a parte que admiro.

ESTAÇÃO DO AMOR



Diferente tão completamente

Igualmente convincente

Verdadeiramente eloquente e,

Fantasiosamente displicente

O amor!

Ah, o amor...será aquilo que nos deixa leves como a folha de outono?

Ou, quentes como o sol de verão?

Coloridos como a primavera e intensos como o inverno?

Vivo, durmo e acordo em você todas as estações...leveza, calor, cor e medo,

Existo no calendário do amor! Minha estação é subtropical amorosa!

E a sua? Temperada?

Só não me diga que é árida! Senão, eu nevasca em você...

Pode até haver foggies londrinos em nossas mentes estranhas,

Menos terremotos de amor, que isso pode abalar nossa temporada,

Pode até destruir nosso veraneio

Epigrama do Poema



Pensei uma poesia
Sem palavras
Uma rima diferente
Mas nao é um repente
Pensei então, em números...
Uma fórmula!
Um desenho.
Talvez um teorema,
Mas aí, me dei conta...
Que só sei escrever poema!